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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pessimismo e volatilidade ontem

Reações deveriam ser frutos
de interpretações serenas
A publicação da Ata do FOMC causou frisson nos mercados mundiais. As declarações de Bernanke provocaram novas incertezas sobre a possibilidade de cortes rápidos nos estímulos monetários nos Estados Unidos. Encerrado o chamado Q3, a economia terá que andar sobre as próprias pernas e essa ideia apavora empresários e demais agentes econômicos.
Para contribuir com a agitação dos investidores, a China apresentou, na primeira leitura do PMI de maio, desempenho inferior aos 50 pontos, apontando que a atividade industrial estaria em contração. Em se tratando de leitura preliminar e considerado que o PMI industrial ficou em 49,6 pontos- muito próximo dos 50 ponto, não haveria, a rigor, razões para tanto pessimismo. O problema maior é que essas notícias se sucederam e o efeito acumulado acabou se exuberando.
Em dias como esse, a sabedoria popular ensina que “desgraça pouca é bobagem”. Talvez por isso, anunciou-se que o PMI industrial dos Estados Unidos também recuou. Caiu de 52,1 pontos em abril, para 51,9 pontos em maio, lembrando também tratar-se de leitura preliminar.
Com essa safra de notícias ruins, o mercado esqueceu-se de comemorar os resultados do mercado de trabalho norte-americano da 2ª semana de maio (até o dia 18/5). O Departamento de Trabalho norte-americano anunciou que os pedidos de auxílio desemprego recuaram em 23 mil solicitações. Foram a 340 mil pedidos, número inferior às previsões dos analistas do país, que ultrapassavam a 360 mil solicitações.
O mercado, na exuberância que emprestou ao pessimismo de ontem, também parece ter esquecido de ver o crescimento de 2,3% nas vendas de residências novas em abril, face ao mês anterior.
Há sim motivos para preocupações. Afinal o desempenho chinês é decisivo para a economia mundial. Mas a exacerbação dos fatos provocam volatilidades prejudiciais às decisões de investimentos e com efeitos negativos nos planejamentos financeiros e mercadológicos da economia real.

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