Reações deveriam ser frutos
de interpretações serenas
A
publicação da Ata do FOMC causou frisson nos mercados mundiais. As declarações
de Bernanke provocaram novas incertezas sobre a possibilidade de cortes rápidos
nos estímulos monetários nos Estados Unidos. Encerrado o chamado Q3, a economia
terá que andar sobre as próprias pernas e essa ideia apavora empresários e demais
agentes econômicos.
Para
contribuir com a agitação dos investidores, a China apresentou, na primeira
leitura do PMI de maio, desempenho inferior aos 50 pontos, apontando que a atividade
industrial estaria em contração. Em se tratando de leitura preliminar e considerado
que o PMI industrial ficou em 49,6 pontos- muito próximo dos 50 ponto, não
haveria, a rigor, razões para tanto pessimismo. O problema maior é que essas notícias
se sucederam e o efeito acumulado acabou se exuberando.
Em
dias como esse, a sabedoria popular ensina que “desgraça pouca é bobagem”.
Talvez por isso, anunciou-se que o PMI industrial dos Estados Unidos também
recuou. Caiu de 52,1 pontos em abril, para 51,9 pontos em maio, lembrando
também tratar-se de leitura preliminar.
Com
essa safra de notícias ruins, o mercado esqueceu-se de comemorar os
resultados do mercado de trabalho norte-americano da 2ª semana de maio (até o
dia 18/5). O Departamento de Trabalho norte-americano anunciou que os pedidos
de auxílio desemprego recuaram em 23 mil solicitações. Foram a 340 mil pedidos,
número inferior às previsões dos analistas do país, que ultrapassavam a 360 mil
solicitações.
O
mercado, na exuberância que emprestou ao pessimismo de ontem, também parece
ter esquecido de ver o crescimento de 2,3% nas vendas de residências novas em abril,
face ao mês anterior.
Há
sim motivos para preocupações. Afinal o desempenho chinês é decisivo para a economia
mundial. Mas a exacerbação dos fatos provocam volatilidades prejudiciais às
decisões de investimentos e com efeitos negativos nos planejamentos financeiros
e mercadológicos da economia real.
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