O comportamento dos preços e
a queda da demanda
O índice geral de preços – disponibilidade
interna (IGP-DI), da FGV, veio com um ligeiro aumento 0,14% em julho, em relação
ao mês anterior. Para se ter ideia da queda, em junho o indicador apontava alta
de 0,76%. Considerado os últimos doze meses,
a alta é de 4,84%. É a inflação dando uma pausa. Pena que por pouco tempo.
A demanda está fraca devido ao esgotamento
da política de crédito e da renda disponível cada vez menor. O desemprego já
começa a inspirar cuidados e a notícia sobre a produção de automóveis faz o
governo “por as barbas de molho”. A Anfavea
anunciou queda na produção. As vendas de veículos recuaram 4,5% na comparação
com o mês anterior. As maiores quedas estão associadas a veículos comerciais leves
(-4,4%) e automóveis (-6,1%). A alta mais significativa ocorreu com caminhões
(2,2%). É de se registrar que duas montadoras, visando preservar o nível de
emprego, acabaram por adotar medidas como licença remunerada e férias coletivas.
Ambas são maus presságios.
No mesmo
sentido, os preços de produtos da cesta básica caíram em todas as 18 capitais, segundo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese.
Segundo o órgão, o último recuo, em nível nacional, havia ocorrido em maio de
2007. Foi uma verdadeira deflação que beneficia as camadas mais pobres de nossa população.
A queda da
demanda continua a produzir consequências positivas na inflação, mas sugere um
desgaste acentuado do poder aquisitivo dos ganhos das famílias. Neese quadro, se a inflação voltar, como generalizadamente se prevê, a recuperação da atividade econômica deve ficar ainda mais difícil
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