A Ásia
desenha seus planos (1).
O Banco Central japonês manteve o programa de aquisição de ativos e deu
continuidade a sua política de juros anuais entre 0% e 0,1%. Sinalizou para o
mercado sua disposição de realmente duplicar a base monetária, pondo fim ao longo
período deflacionário vivido pelo país. A intenção é a de alcançar uma inflação
anual na casa dos 2,0%.Embora excessivamente agressiva e no melhor estilo nipônico, essa política econômica, cunhada com o estranho nome de ”Abnomics“, já conseguiu alguns resultados interessantes como um crescimento de 4,1% no primeiro trimestre desse ano e de 3,0%, no segundo. Os preços fizeram um movimento ligeiramente ascendente.
Naturalmente,
isso só não bastara. A situação exigirá do Governo um esforço fiscal sem precedentes. Até
agora, o endividamento público representa inaceitáveis 240% do PIB. O saneamento das contas
públicas passa, como se sabe, pela redução dos gastos e obrigará a aumentos de
impostos, provavelmente sobre o consumo. Essas medidas invariavelmente resultam
em novos ciclos de desaquecimento econômico. E é nesse pontoí que, para a parte dos
analistas, a equação não fecha.
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