Economia é a ciência das expectativas?
Alguns
indicadores da economia nacional têm impactado negativamente as expectativas sobre o nível da
atividade do terceiro trimestre do ano. Os índices de confiança de empresários
e consumidores caíram abaixo dos 100 pontos. Como se sabe, os 100 pontos são
considerados uma espécie de divisor de águas. Quando o índice está acima desse 100
pontos, entende-se que o empresário está otimista com a economia e com seu ambiente
de negócios. Mas, quando o índice está abaixo desse limite, entende-se que o
empresário passou a ser pessimista em relação a esses elementos. O mesmo se
dá com o consumidor que está disposto a gastar mais, sempre que o índice
superar a barreira dos 100 pontos e, no sentido contrário, o consumidor
assumirá uma atitude defensiva em relação às compras e aos gastos, caso o
índice venha abaixo desses 100 pontos. No mês de junho, ambos os indicadores
vieram abaixo dos 100 pontos.
Não
bastasse esse primeiro sinal, o IBC-BR de junho registrou um aumento de 1,13% em
relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. O resultado foi
frustrante. O mercado esperava mais. E, uma vez que o indicador é uma proxy mensal
para o PIB, ele permite fazer uma previsão otimista para o PIB do 2 trimestre,
refletindo a expansão da atividade industrial e uma razoável acomodação das
vendas no varejo.
Entretanto,
a desaceleração do varejo pode estar embutindo um menor ritmo de atividade econômica
para o terceiro trimestre. Nesse caso, as expectativas de empresários e consumidores podem impedir um movimento de recuperação de nossa economia.
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