As
relutâncias foram grandes.
Vencidas, trazem benefícios para 2015.
Levar
a taxa básica de juros da economia brasileira para os dois dígitos contrariou
profundamente os formuladores de política econômica, mas a inflação os
convenceu. A
matriz econômica desenvolvimentista cedeu lugar ao bom senso. Estamos chegando
próximos do juro real de equilíbrio, que manteria, segundo a boa teoria
econômica, a inflação estável. Ainda assim, remanesce a preocupação com o
necessário abandono da política de represamento dos preços administrados.
Trazer a valor de mercado os preços dos transportes públicos, dos combustíveis
e da energia elétrica será o novo desafio do governo.
Não bastasse isso, ainda teremos novas pressões sobre os preços dos importados, decorrente da tendência de valorização do dólar até o final do ano, pelo menos. O Banco Central, por seu lado, já demonstrou que não hesitará em manter sua política de intervenções sucessivas nos pregões, garantindo a moderação do ritmo da depreciação cambial.
Não bastasse isso, ainda teremos novas pressões sobre os preços dos importados, decorrente da tendência de valorização do dólar até o final do ano, pelo menos. O Banco Central, por seu lado, já demonstrou que não hesitará em manter sua política de intervenções sucessivas nos pregões, garantindo a moderação do ritmo da depreciação cambial.
Também
é verdade que o ajuste cambial trouxe maior competitividade ao produto
brasileiro e que, no médio prazo, isso deverá ser o melhor tratamento para as
contas externas nacionais, via o aumento das exportações.
A
tudo isso se juntou o anúncio dos cortes nas contas públicas nacionais. Já parece
absolutamente possível alcançar a meta de um superávit de 1,5% do PIB. Aqui não serão aceitas tergiversações ou manobras contábeis. Tudo deverá ser
transparente, sem maquiagem de qualquer natureza e descontando-se, no seu cálculo, as receitas
extraordinárias, que não se repetirão em anos subsequentes. É o caso da
retomada das concessões, sejam de ferrovias, sejam de qualquer outro elemento de
nossa infraestrutura. Por
fim, não se pode deixar de aplaudir a redução do ritmo da expansão dos estoques
de crédito que, para 2014, não devem crescer mais que 13%. contribuirá muito para isso a intenção dos bancos
públicos de reduzir a oferta de empréstimos.
A inadimplência deverá diminuir consideravelmente, acompanhada nessa queda pelo grau de endividamento
das famílias. Os
capitais internacionais já começaram a reagir a essas medidas, iniciando um saudável caminho de voltar, sempre à busca das remunerações de nosso mercado financeiro. Em um
segundo momento, voltam os investimentos produtivos, convencidos de que 2014 pode
ser o ano da reconstrução das bases macroeconômicas para um novo ciclo de
crescimento nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário