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quarta-feira, 26 de março de 2014

No vermelho

Contas externas continuam em deterioração
O balanço em conta corrente de fevereiro aponta déficit de USD 7,4 bilhões, acumulando saldo negativo, nos últimos 12 meses, de nada menos que USD 82,4 bilhões. Há fundamentalmente, dois elementos determinantes para esse rombo gigante. De um lado, o desempenho de nossa balança comercial marcado por importações crescentes e exportações centradas quase que exclusivamente em produtos básicos. De outro, o aumento dos gastos na conta de serviços, considerados aí os gastos com transportes (lembrando que não existem mais navios de bandeira brasileira), aluguéis de máquinas (dado o obsoletismo e o preço das máquinas nacionais), etc.
Explicar o déficit apenas pelo longo período de apreciação da moeda nacional é ser simplista. As explicações vão muito além, envolvendo os desmandos das políticas públicas e o consequente custo Brasil. Apesar de termos acumulado déficit em conta corrente de quase 3,7% do PIB, vale lembrar que os fluxos de financeiros continuam fortes, com investimentos externos diretos na casa dos USD 60 bilhões anuais. Resta-nos conhecer, agora, os impactos que podem ser provocados no IED pelo rebaixamento da nota de risco brasileira. Por fim, esperam-se também pelas reações do mercado à nova posição do Fed, no que tange à administração da redução dos incentivos mensais e do eventual aumento dos juros norte-americanos.

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