Contas externas continuam em deterioração
O balanço em conta corrente de fevereiro aponta déficit de USD 7,4
bilhões, acumulando saldo negativo, nos últimos 12 meses, de nada menos que USD
82,4 bilhões. Há fundamentalmente, dois elementos determinantes para esse rombo
gigante. De um lado, o desempenho de nossa balança comercial marcado por
importações crescentes e exportações centradas quase que exclusivamente em
produtos básicos. De outro, o aumento dos gastos na conta de serviços, considerados
aí os gastos com transportes (lembrando que não existem mais navios de bandeira
brasileira), aluguéis de máquinas (dado o obsoletismo e o preço das máquinas
nacionais), etc.
Explicar o déficit apenas pelo longo período de apreciação da moeda
nacional é ser simplista. As explicações vão muito além, envolvendo os
desmandos das políticas públicas e o consequente custo Brasil. Apesar de termos acumulado déficit em conta corrente de quase 3,7% do
PIB, vale lembrar que os fluxos de financeiros continuam fortes, com
investimentos externos diretos na casa dos USD 60 bilhões anuais. Resta-nos
conhecer, agora, os impactos que podem ser provocados no IED pelo rebaixamento
da nota de risco brasileira. Por fim, esperam-se também pelas reações do mercado à nova posição do
Fed, no que tange à administração da redução dos incentivos mensais e do
eventual aumento dos juros norte-americanos.
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