Frutas e legumes devem dar lugar aos grãos
O café arábica, no mercado internacional,
mostra alta de preços de até 70% neste ano, na bolsa de Nova York. No Brasil, até
agora, o IPCA-15 aponta que, em termos de alimentos, os hortifrutigranjeiros puxaram a alta dos preços.
O índice cresceu para 0,73%. A partir desse
instante a inflação deve se deslocar em direção aos grãos. Feijão, milho, café
entre outros, deverão exercer novas pressões sobre todos os indicadores de
inflação. Os cereais refletem em seus preços a frustração das safras
norte-americana, australiana e brasileira, principalmente. Diferentemente
dos hortifrutigranjeiros, as commodities agrícolas desse tipo, são negociadas
em bolsas, por meio de contratos futuros. As previsões de safras, entre outras
coisas, são determinantes dos preços e do ritmo das compras e vendas no mercado
físico. As previsões não se referem apenas às safras anuais, mas consideram também
os estoques mundiais. A produção de grãos
foi comprometida por fatores climáticos e os estoques não estão altos. Embora
algumas quedas mais recentes, reflexos de acomodações ocasionais, os preços
internacionais continuarão a subir. No mercado
físico, tudo começa pelas compras industriais e pelo comércio atacadista. No
final de março, os preços, em sua maioria, já estarão sendo repassados ao consumidor
final. É só aguardar.
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