É óbvio. E verdadeiro.
O FMI, em
documento publicado no penúltimo dia de julho, critica as intervenções governamentais
no mercado de cambio, afirmando que a presença do Banco Central leva à
sobrevalorização da moeda nacional.
Não chega a ser
uma descoberta, uma vez que esse é o objetivo declarado do Bacen para o câmbio,
de maneira a evitar pressões adicionais sobre o sistema interno de preços. Em seguida, outra
obviedade. As contas externas estão em situação “moderadamente frágil” e pode
sofrer deterioração ainda mais rápida se os preços das commodities caírem. Aliás a tendência
de queda é tida como certa, e os preços futuros apontam essa direção. Entretanto,
pensando em commodities agrícolas não convém acreditar em tendências, pensando apenas
em área plantada, O fenômeno El Niño parece mais decisivo para a definição dos
preços dessa safra, no hemisfério norte. Em relação às commodities metálicas, a
variável mais relevante é a recuperação chinesa. O gigante asiático tem apresentado reações
positivas e o desempenho mais recente de sua economia parece animador. O FMI não deixou
de dar seu receituário para a crise de crescimento brasileiro. Nesse
particular, superou o Conselheiro Acácio, de grata memória na pena de Machado de
Assis. Sugeriu a ampliação da poupança, a redução dos gastos públicos e
acentuou a necessidade de reformas no sistema previdenciário, bem como a
redução do intervencionismo estatal, com retomada dos fundamentos econômicos. O Ministro Mantega
apressou-se em dizer que o relatório “não faz sentido”.
É de doer,
ministro.
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