Encruzilhadas econômicas
Ainda
não se vê, no horizonte de médio prazo, condições para a redução das taxas de
juros. Verdade seja dita: os desmandos na área fiscal foram grandes e
comprometeram definitivamente a meta com o superávit primário. Isso que dizer
inflação. Ademais o mercado de trabalho, apesar do baixo crescimento, continua ainda
muito apertado e não dá espaço para redução dos juros, sob pena do
recrudescimento da alta de preços. Inflação e crescimento protagonizam um
estranho jogo de cabo de força. Disputam a prioridade dos formuladores de políticas
econômicas, abrindo um tradicional problema em economia como as nossas: o
crescimento mais acelerado conduz à inflação; a inflação, se combatida, reduz o
crescimento. Enfraquecimentos
paulatinos no emprego e na renda se manifestam mais claramente, sobretudo nos
setores automotivos e da construção civil. As vagas ofertadas e os ganhos de
renda são menores. A indústria tem desempenho negativo e comércio continua
acusando queda das vendas. Os serviços crescem e se constituem em foco inflacionário
relevante nesse momento. A
atual crise de crédito esconde algumas oportunidades para investidores
descontentes com a remuneração de seus ativos financeiros. Reunidos em cooperativas
de crédito, factorings, empresas de leasing, financeiras, bancos de menor
porte, e outras sociedades similares ou congêneres, embora com custos
financeiros mais altos, começam a atender mais agressivamente certos pleitos de
financiamentos para capital de giro. Naturalmente, esses financiadores
apresentam taxas de juros mais altas pelos empréstimos concedidos. A sugestão é só negociar com eles a partir da
redução desses custos e garanti-los apenas de forma suficiente, por meio de
percentuais justos de recebíveis entregues a essas instituições.
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