Salários emitem sinais de
enfraquecimento
A Pesquisa Mensal de Emprego,
realizada pelo IBGE, aponta recuo de 0,6% em abril desse ano em relação ao mês
anterior, no rendimento médio real do trabalho. Em março, o recuo em relação a
fevereiro havia sido de 0,3%.
Em princípio, não haveria
razões para maiores cuidados, de vez que iniciamos maio, com um rendimento
médio real de R$ 2.038,00, que embute aumento menor, mas ainda muito robusto, de
2,6%, em relação a igual período de 2013. Entretanto, em períodos de inflação elevada,
os riscos de corrosão do ganho real dos salários é muito grande e, se
associados ao baixo nível de atividade econômica, eles se amplificam e dão
ensejo à retração do consumo. Esse
fenômeno decorre de outra medida econômica agregada, referente à massa de
rendimentos; ou seja, o volume de recursos disponível para o consumo. A massa
de rendimentos sofreu a segunda redução sucessiva esse ano. Apresentou-se em
queda de 0,5% no mês de abril em relação ao mês anterior, expressando o menor ritmo
na geração de vagas de trabalho e o menor aumento da renda do trabalhador. Frente a esse quadro, o
sistema financeiro já reduziu a oferta de crédito às pessoas físicas e às
pequenas e médias empresas, para combater a inadimplência futura. A medida é
prudente, mas vai se somar aos elementos anteriores para reduzir ainda mais o
consumo nacional.
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