A ata do Copom não deveria ser tão definitiva
Divulgada
na 5ª feira, dia 24 de julho, a ata do Copom assumiu o compromisso de manter a
Selic em 11%. Parece que a desaceleração da economia ainda não convenceu o
Banco Central dos efeitos que possa causar nos preços. Nas entrelinhas
remanescem alguns medos como, por exemplo, o ajuste dos preços administrados, as
tendências de valorização do dólar e o descompasso entre oferta e demanda,
mesmo com algum agravamento no mercado de trabalho. Quer dizer, a inflação está
mesmo muito teimosa. Preocupa, entretanto, a falta de flexibilidade com que o
texto foi redigido. Afinal, até pouco tempo atrás as manifestações do Copom
evidenciavam leniência com o problema inflacionário. Dizer que, fruto de
efeitos retardados, a inflação “tende a entrar em trajetória de convergência
para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção”, mostra que só
agora o Bacen teria entendido o problema da inflação. A ser verdade, é hora do
Bacen insistir também na necessidade de uma rápida e forte contenção fiscal,
cortando as despesas com custeio e pedindo ampliação dos níveis de
investimento, encerrando o período de baixo crescimento da atividade econômica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário