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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Perdendo a mão?

A ata do Copom não deveria ser tão definitiva

Divulgada na 5ª feira, dia 24 de julho, a ata do Copom assumiu o compromisso de manter a Selic em 11%. Parece que a desaceleração da economia ainda não convenceu o Banco Central dos efeitos que possa causar nos preços. Nas entrelinhas remanescem alguns medos como, por exemplo, o ajuste dos preços administrados, as tendências de valorização do dólar e o descompasso entre oferta e demanda, mesmo com algum agravamento no mercado de trabalho. Quer dizer, a inflação está mesmo muito teimosa. Preocupa, entretanto, a falta de flexibilidade com que o texto foi redigido. Afinal, até pouco tempo atrás as manifestações do Copom evidenciavam leniência com o problema inflacionário. Dizer que, fruto de efeitos retardados, a inflação “tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção”, mostra que só agora o Bacen teria entendido o problema da inflação. A ser verdade, é hora do Bacen insistir também na necessidade de uma rápida e forte contenção fiscal, cortando as despesas com custeio e pedindo ampliação dos níveis de investimento, encerrando o período de baixo crescimento da atividade econômica.

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