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sábado, 12 de julho de 2014

Exportação é vertente de crescimento

Crescimento parece não ser prioridade
Já está claro entre os exportadores brasileiros os cortes nos repasses do Proex-Equalização. Grandes bancos não têm mais renovado os créditos recém-quitados, sob a afirmação de que o governo começou a atrasar o pagamento, aos bancos, dos recursos desse programa de apoio financeiro às exportações.
O Proex-Equalização tem como objetivo cobrir a diferença entre os altos juros cobrados aos exportadores, no Brasil, e os juros cobrados dos concorrentes, no exterior. O programa é um dos maiores e raríssimos incentivos dados a exportadores e muito utilizados pelos exportadores, sobretudo os de maior porte, nacionais. Ressentem-se muito da ausência desses recursos empresas com a Embraer, cujo quilo do avião é exportado a mais de US$ 1.000,00, setor agropecuário e de mineração, cujo custo do quilograma fica na casa de US$ 1,00, e, como era de se esperar, setores produtores de máquinas, equipamentos, veículos, partes e peças, além das empreiteiras, etc. Ainda que se alegue que o país vive um momento de restrições orçamentárias e que se possa arguir a escassez de recursos, esses fatos revelam a inexistência de qualquer política econômica para as exportações brasileiras. Esse descaso, particularmente, não traz nada de novo, apenas evidencia que nem mesmo o crescimento é mais prioridade nacional. Atualmente, as exportações são a última fronteira para o país mitigar a prolongada estagnação que já compromete a renda e o consumo nacional. Portanto, incentivá-las é mais que uma escolha de política macroeconômica, Trata-se de conseguir novos mercados para os produtos nacionais, em regiões em recuperação no cenário mundial. Fica evidente que o Ministério da Fazenda encontra-se exaurido, deu- se por vencido, entregou-se à própria sorte. Já não exibe capacidade de produzir soluções para os enroscos econômicos que criou e que hoje estacionaram nas curvas do rio de seu intervencionismo. Falta pouco para as eleições e os formuladores de políticas econômicas querem apenas ganhar tempo, embora não saibam o irão fazer com esse tempo ganho. Por fim, alerto a todos os leitores que, para breve, o governo ameaça organizar a vida futebolística nacional. Novos, e provavelmente, indefinidos, marcos regulatórios serão discutidos, assim como o necessário acompanhamento do desempenho setorial, por meio de alguma fiscalização, que alguns pensam, possa descambar para a corrupção, mas que, na realidade, se transformarão em verdadeiros guardiões dedicados a preservação dos interesses públicos envolvidos nessa importante e urgente questão nacional. Deus há de nos proteger.

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