Governo
precisa rever sua lógica.
O influxo de
capitais reduziu-se muito nos últimos tempos e o real continua pressionado.
Para segurar o valor do dólar próximo aos R$2,00, o Banco Central comparece
fortemente no mercado de câmbio. Fico imaginando se os investimentos diretos
voltarem a crescer e se o mercado financeiro brasileiro voltar a ser atraente. O real passará por nova e inevitável onda de
valorização, dada a oferta excessiva de dólares. Essa convicção de que o Banco
Central conseguiria sustentar o real menos valorizado, precisa ser substituída
por uma política cambial nova e menos vulnerável às ações dos investidores.
Sugiro voltarmos a considerar o caso da Suíça, que decidiu por uma política
expressa e sustentável.
Enquanto
isso, o IPC-S subiu 0,77% na primeira
quadrissemana de janeiro. Não há como aceitar uma inflação crescente no país. O
país não cresce o seu PIB e o consumo coloca pressão sobre a oferta. Essa
contradição pede ao governo que reveja seus postulados atuais.
Caminhamos mal na política monetária,
perdemos o pé da política cambial e a criatividade contábil minou a
credibilidade da política fiscal. Em outras palavras, os fundamentos econômicos
já atingem um nível preocupante de degradação.
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