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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma história sem fim

Do intervencionismo ao artificialismo
A Petrobras trará o pior resultado de sua história recente. Combustíveis até agora foram utilizados para conter a inflação. A inflação continua a deteriorar o quadro econômico nacional. Para possibilitar a recuperação da Petrobras, o governo vai quebrar o setor de energia e justamente no momento em que o racionamento pode se tronar um risco mais presente. Fico imaginando o que aconteceria com a oferta de energia se a recuperação econômica realmente se concretizasse.
Mas, mesmo assim, a inflação não dará trégua porque suas causas estão associadas a reajustes desproporcionais aos ganhos de produtividade do sistema econômico. Aumentar a taxa Selic seria visto como uma derrota tão flagrante que o governo sequer cogita essa possibilidade.
O excesso de populismo exigiu o intervencionismo estatal e afugentou os capitais estrangeiros. As privatizações prometidas devem, portanto, contar apenas com investidores nacionais, apoiados no BNDES.
Mas como conter a inflação? Restava o câmbio e o Bacen não hesitou em usá-lo, valorizando a moeda nacional. Os importados ficam mais baratos, embora a indústria, que esboçava uma reação, será outra vez desestimulada.
Os influxos de capitais terão novas quedas, provocadas pela intolerância dos investidores ao novo artificialismo engendrado no âmbito da política cambial. Sem capitais estrangeiros para fortalecer os investimentos nacionais, podemos esperar por um crescimento sofrível do PIB em 2013.

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