Manifestações
ideológicas são sinais
sobre rumos da economia
O governo
brasileiro não precisava, nem deveria, ter enviado à Cuba representantes para acompanhar
de perto o estado de saúde do presidente Chavez. Do ponto de vista diplomático,
haveria certamente atitudes mais inteligentes e menos comprometidas, ou
comprometedoras, para manifestar sua solidariedade. Ficou claro haver entre o
governo brasileiro e o venezuelano mais do que simpatia próprias aos bons
vizinhos mas, uma identidade de objetivos e de métodos políticos.
Para o capital o
privado o recado está dado. Basta lembrar das agressões venezuelanas a sua imprensa, das
nacionalizações, das seguidas medidas de descumprimento de contratos, dos
desrespeito à propriedade. O capital
internacional recebe silente o aviso e recua.
Por outro lado,
os sucessivos jogos contábeis feitos nos fechamentos das contas brasileiras, a cada
ano, deixam claro que os métodos também serão os mesmos. Também fica claro que
o conflito Paraguai versus Venezuela, no âmbito do Mercosul, não se tratou de
defesa a princípios democráticos.
Como acreditar
que renúncias fiscais sejam estratégias? O capital tem entendido esses favores
como táticas, ou antes, como manobras para recuperar o crescimento econômico e ampliar
o prestígio de um governo que esconde suas verdadeiras convicções. A retórica
do desenvolvimento parece ser artimanha para encobrir o engendramento dos ambiciosos
sonhos políticos não confessados. Os objetivos são apenas partidários e não contemplam
um plano para todo o país.
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