O Produtor
rural terá que conter
seus custos de produção
Toda
vez que as commodities agrícolas entram em alta, os insumos para sua produção
também se reajustam. Esses reajustes de insumos costumeiramente são maiores que os dos
produtos finais. Entretanto, quando os preços caem, os insumos não abaixam de
preço, ou sofrem apenas pequenas deteriorações. Foi isso que aconteceu nos
últimos anos com os preços de calcário, defensivos, fertilizantes e outros
itens da aquisição para a produção anual.
A observação das planilhas de custos dos
últimos três anos evidencia que as altas foram invariavelmente maiores que os
preços dos produtos finais, impondo ao agricultor a necessidade de rever seus
gastos e seus investimentos. Investimentos, agora,
devem ser feitos apenas para os casos de aumento de produtividade e, ainda
assim, obedientes a prazos mais amplos de financiamentos para reduzir o valor das
exigibilidades. As oportunidades de ganho nessa área estão muito associadas às
operações de colheita, transporte e armazenamento. Sobretudo no caso dos grãos,
onde os desperdícios provocados por máquinas mais antigas e pelas perdas de
qualidade, decorrentes do inadequado armazenamento, desembocam em reduções
substanciais das receitas agrícolas.
No
caso da cana, as observações de campo apontam para um baixa qualidade da
operação do plantio, em função de uma mão de obra despreparada e de qualidade
sofrível. Também os tratos culturais têm deixado muito a desejar. Isso abreviou
o ciclo de produção da cana para cinco anos, obrigando a gastos de renovação
dos canaviais maiores e em prazos mais curtos.
Para
o próximo ano, é de se esperar que os preços se estabilizem em função das boas
perspectivas apresentadas pelas safras norte-americana, colombiana, brasileira
e argentina. As quantidades serão suficientes para atender a demanda das
principais commodities e pelo menos uma parte considerável dos baixos estoques
atuais venham a ser recompostos.
Portanto,
rédeas firmes na condução dos custos da produção agrícola.
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