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Brasil, na arquibancada, torce pela recuperação norte-americana
Com baixo crescimento e com menor vitalidade no consumo, o Brasil
espera pela recuperação norte-americana. Antes, a torcida era pela China. Mas
os fatos mostraram que a China não volta ao crescimento de dois dígitos.
Portanto, apena alguns setores de nossa economia continuarão a se beneficiar
daquela parte do mundo. Para ficar no óbvio, vamos lembrar a carne, soja,
minérios, etc.
Como a Europa é um mato sem coelho, o que sobra mesmo são os
Estados Unidos, com todas suas inconsistência e disputas políticas entre os
dois partidos de peso, no país.
De lá chegam notícias contraditórias. Veja o caso de ontem.
Os pedidos de auxílio desemprego subiram. Foram mais 4 mil solicitações na
semana encerrada em 5 de janeiro. Por outro lado, as vendas no atacado
avançaram 2,3% em novembro, depois do recuo, em outubro, de 0,9%.
Dá a impressão que o consumo está aumentando, com o
desemprego se ampliando. Em primeiro lugar, os pedidos de desemprego referem-se
à primeira semana de janeiro (logo após as festividades do final do ano), enquanto
os dados de consumo dizem respeito ao mês de novembro (período anterior às
festas e, portanto, embutindo os efeitos do consumo sazonal).
Também é importante lembrar que variações de 4.000 pedidos
de desemprego, em uma economia do tamanho da norte-americana, são desprezíveis.
Melhor ficarmos com as interpretações mais permanentes e
sempre considerarmos o período a que esses dados se referem. Os Estados Unidos
mostra recuperação, sim. Mas, necessariamente ela terá que se dar em ritmo
lento, em função de seu elevado nível de endividamento.
O resto é gritaria da geral.
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