Inflação será a mais difícil lição de casa de 2011
Os preços ainda conservam tendências de altas. Será muito difícil conviver com a alta dos preços de alimentos esse ano. De modo geral as commodities darão muito trabalho aos economistas nacionais. O petróleo está fora de controle, as commodities petroquímicas e químicas tendem a acompanhar esse movimento altista. Commodities metálicas também conservam preços elevados.Carvão
Prata
Por que, então, o Brasil conserva certa tranquilidade? Em grande parte, essa calmaria relativa pode ser dizer que aos trabalhos do Banco Central e dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. Ainda no primeiro trimestre do ano passado o Banco Central retirou mais de R$ 100 bilhões do sistema e, em seguida, começou a suspender os incentivos fiscais atribuídos a certas atividades que haviam sido contempladas com política anticíclicas a propósito da crise global. Dali até o final do ano, o Copom não economizou em suas decisões de subir a Taxa Selic, elevando- a em mais 200 pontos-base. Em novembro, as medidas macro prudenciais entraram em campo. Aumentos de depósitos compulsórios estrearam nesse jogo, acompanhados de limitações na política creditícia. Em janeiro, com prazos mais curtos e taxas mais altas nos financiamentos ao consumo, a oferta de crédito acusou o golpe.
Sob ameaça inflacionária, as autoridades econômicas reagiram forte e eis que anunciaram, para 2011, um corte no Orçamento Nacional de R$ 50 bilhões. A promessa é conseguir a meta de 2,9% do PIB de superávit primário. Prometem ainda evitar as “maracutaias” contábeis do governo anterior.
O mais empolgante foi assistir à disputa pelo aumento do mínimo. O aumento parou nos sensatos R$545,00, deixando entrever que pouco menos de 50% dos trabalhadores mão terão aumento real nos seus rendimentos em 2001. Com isso a inflação dos serviços, a pior de todos nos últimos 12 meses, ficará sob controle, sem levar pressões adicionais aos indicadores de preços.
A partir de março os preços devem arrefecer os movimentos de alta. Antes disso temos que ainda suportar os aumentos das tarifas públicas que, lamentavelmente, concentram seus reajustes no primeiro trimestre do ano.
Assista a alguns vídeos sobre nossa inflação recente:
http://www.youtube.com/watch?v=TDC4oB84SXI&feature=player_embedded#at=88
http://www.dzai.com.br/jornaldaalterosa/video/playvideo?tv_vid_id=111339
http://tv.estadao.com.br/videos,INFLACAO-NAO-DARA-FOLGA-EM-2011,128712,254,0.htm
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