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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O prazo está se esgotando

"Dormindo eternamente em berço esplêndido"
O problema é a demora da ação governamental para responder qual é a natureza e a dimensão do corte de gastos públicos para conter as expectativas inflacionárias. Trata-se de abrir espaço para decretar o fim do recente ciclo de aperto monetário. Os agentes privados têm projetado que os cortes devem, para atingir esses objetivos, ser de no mínimo R$ 50 bilhões.
Para a dimensão do orçamento nacional e para o nível de liquidez atual, esse número realmente não me convence. Com um corte tão modesto, o governo ainda terá que continuar subindo a Selic.
Enquanto o governo prepara seu novo "saco de maldades", o mercado, descrente como está, imagina que esse "saco venha meio cheio e meio vazio". Esse é, no meu modo de ver, o pior dos mundos, pois nem a inflação diminui, nem o ciclo de aperto monetário chega ao fim.
Para terminar com esse surto altista que acomete generalizadamente os preços de nossa economia, recomendo: aumento do compulsório em mais 15%, duas altas sucessivas de Selic (0,75% e 0,5%) e um corte no custeio na casa dos R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões.
Lembro que o IPCA, ontem, veio com alta de 0,83% no mês de janeiro, seguindo o avanço de dezembro de 0,63%. Pior ainda, porque o Relatório Focus, que representa uma síntese das expectativas nacionais, só aponta para a alta dos preços, há algumas semanas. Espera-se que o Banco Central dê o exemplo aos Ministérios da Fazenda e do Planejamento: subir compulsórios mais uma vez e não tergiversar com os juros. Se os ministros da área econômica não apoiarem o Banco Central, com a redução dos dispêndios públicos, dificilmente podemos garantir a estabilidade de nossa moeda.

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