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sexta-feira, 4 de março de 2011

Internacionalização

Moeda forte ajudará na internacionalização
dos bancos brasileiros
Veículo: Portal IG - Olivia Alonso
Postado por: Marcelo em quarta-feira, 13 de janeiro de 2010.
O momento atual é propício para investidas dos grandes bancos brasileiros no exterior, segundo analistas. Três razões são apontadas como incentivos à internacionalização das instituições financeiras brasileiras: baixos preços de ativos bancários no exterior, o câmbio favorável e a solidez dos bancos nacionais.
Celso Grisi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do instituto de pesquisa de mercado Fractal, acredita que a internacionalização neste setor vai acontecer com mais intensidade a partir de agora. “Os ativos bancários estão muito baratos, o momento é bom”, afirma. O preço atrativo é herança da crise financeira, que levou muitos bancos à falência, enquanto outros foram socorridos ou adquiridos por governos, que agora buscam opções para vendê-los.
A “moeda forte também contribui para deixar os bancos brasileiros interessados”, diz Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Asis. O real valorizado acaba sendo favorável a aquisições no exterior, já que são necessários menos reais para um determinado preço em dólares ou euros.
Segundo Santacreu, o fato de as instituições financeiras brasileiras estarem capitalizadas também pesa em favor de novas aquisições. Laura Lyra Schuch, da corretora Ativa, concorda. “Os bancos brasileiros se mostraram fortes, sólidos, capitalizados e sem problemas de liquidez”, diz.
A analista da Ativa afirma que há outros motivos para uma instituição financeira querer reforçar sua posição em outros países. “É muito interessante que um banco ofereça serviços a brasileiros residentes em outros países e empresas interessadas em se expandir para o exterior, isso facilita para o cliente fazer transações e remessas, por exemplo.”
Santacreu aponta ainda como vantagem dos bancos que atuam fora do País a ampliação das redes de contatos. “Quando uma instituição se abre para o exterior, ramifica mais seus contatos e seus canais de distribuição o que, no médio prazo, pode se tornar uma vantagem competitiva,” diz.
A internacionalização de alguns bancos também pode gerar em outros a percepção de que estão perdendo competitividade, dizem os analistas. “Se um banco não sair em um primeiro momento, tudo bem, mas em um segundo momento, estará perdendo escala econômica, estrutura”, diz Laura, da Ativa.

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