Ministro
Mantega parece preparar
o campo para a alta da Selic
Depois
do anúncio do IGP-DI de março ter subido 0,31% e do IPCA do mesmo mês ter
alcançado os 0,47%, acumulando 5,59 nos últimos 12 meses, o governo parece ter
acordado. As declarações do presidente do Bacen subiram de tom.
De
fato, o limite superior da meta para inflação foi rompido. O ministro da
Fazenda saiu preparando o campo. Com todo o cuidado, pois esse campo está
minado por vários artefatos de natureza política.
Argumentou
sobre o contágio dos preços, tardiamente. Depois afirmou que “expectativas se
resolvem com juros”. Parece que o ministro aprendeu.
Os
índices de difusão cresceram mês a mês, salvo março, onde se constatou leve
recuo. O minério de ferro apresentou alta de 0,47%, enquanto as commodities
agrícolas deram trégua. O governo quer imaginar que a trégua seja uma
tendência. Não é!
A
produção industrial e as vendas do varejo sofreram recuos. Acendeu o sinal vermelho
de estaglação. O IBC-BR, negativo em -0,5, de fevereiro para março, confirma o
alerta. Agora a projeção do 1º trimestre foi para 0,9%, em relação a igual
período do ano anterior.
Ficou
difícil. Não há mais porque admitir inflação tão alta, se o crescimento não
responde a nada. Os ganhos vindos de reajustes excessivos já estão sendo
corroídos pela alta dos preços. O povo sente no bolso, a imprensa não perdoa e
o Bacen promete movimentar-se.
Um
bom recado para controlar as expectativas dos agentes econômicos seria elevar
essa Selic para 8%, nessa próxima semana. Na próxima reunião, o Copom deveria
pensar em subir o centro da meta em 0,5 ponto percentual e reduzir os limites
superiores e inferiores em1 ponto.
Coragem
Copom!
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