Esperanças se renovaram.
Incertezas
também.
Por mais que a economia norte-americana
tenha exibido boa vitalidade no seu esforço de recuperação, nesse primeiro
trimestre do ano, o fato é que o embate travado pelo Congresso e o Governo Federal
sobre os ajustes fiscais, semearam estabilidades e, em grande medida,
comprometeram o que poderia ter sido um desempenho convincente para a economia
do país.
Os primeiros meses desse ano já anunciavam
um desempenho favorável da economia, sobretudo porque o Fomc mostrou-se
empenhado na manutenção de uma política monetária expansionista, com juros
estáveis em patamar próximo a zero e a continuidade de seu quantitative easing. Convém, entretanto, estar atento ao fato de
que essa posição já não é mais unânime entre todos os membros que compõem o
Comitê e que o problema fiscal não foi resolvido inteiramente, podendo sofrer novo
agravamento.
A União Europeia, que havia alcançado
grandes aperfeiçoamentos institucionais nesses últimos tempos, sofreu de uma inesperada
recaída colonialista. De forma inusitada, inaugurou novo procedimento de
resgate das dívidas do modesto Chipre. Obrigou o pequeno país a adotar medidas
de confisco de depósitos bancários e de controle de capital. Foi um evento
despropositado, depois de a intolerância ter sido transformada em indulgência,
no caso de outros países com economias bem maiores. A volatilidade voltou a ameaçar a Zona do Euro
exatamente no momento em que crise política italiana alcançava seu ápice. Os
episódios desse primeiro trimestre foram acompanhados de um desempenho
econômico sofrível em toda a região.
Do ponto de vista financeiro, as instabilidades
alcançaram o Brasil, aumentando o risco-País. Patrocinaram junto com o intervencionismo
econômico e o estabanamento das falas oficiais (e de seus desastrados tons), a
mais recente fuga de capitais do país.
É preciso dizer que inflação e o baixo
crescimento também colaboraram muito com essa saída de recursos. A salvação
para esses estado de coisas começaria por um novo ciclo de aperto monetário, já
alvissareiramente preconizado pelas manifestações confusas do Banco Central e do
Ministério da Fazenda.
Do ponto de vista de nossas
exportações, chegaram notícias animadoras da China. O novo governo manteve os
objetivos de crescimento sustentável e renovou sua intenção de continuar
combatendo a inflação. Tudo muito claro, deixando entrever que o país
pode alcançar um PIB, ao final do ano , na casa dos 8,0%. Isso daria uma
sustentação aos preços internacionais das commodities
exportadas pelo Brasil.
Por final, o IBGE nos deu conta de que
o nível de desemprego subiu para 5,6%, em fevereiro, contra os 5,4 %, de
janeiro.
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