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quarta-feira, 17 de abril de 2013

O crescimento está de volta?

O cenário já aponta para a recuperação
O texto abaixo é de autoria de Roberto Padovani, Economista Chefe da Votorantim Corretora. É de se observar a serenidade das avaliações contidas no texto e tão comum no Roberto.
"Os dados de atividade econômica divulgados até o momento não mudam o cenário para a economia brasileira: a recuperação está em curso, mas em ritmo lento.
Por um lado, a frustração com os resultados de comércio e indústria de fevereiro mantém elevadas as incertezas em relação ao crescimento. Por outro lado, no entanto, ainda não há como refutar a tese de que um ambiente global com menores turbulências e elevada liquidez favorece a retomada do crédito local, impulsiona o consumo e, como resultado, os investimentos.
Além disso, os indicadores antecedentes de comércio e indústria para março já mostram um melhor desempenho, além de a produção agrícola poder reverter a queda registrada no primeiro trimestre de 2012. A produção de caminhões e bens de capital, da mesma forma, indica que os investimentos fixos podem manter a recuperação iniciada no quarto trimestre do ano passado. Por último, nossas estimativas indicam que o consumo deve continuar se recuperando, após a forte desaceleração registrada a partir de meados de 2011.
Nossos modelos indicam que o PIB deverá mostrar crescimento dessazonalizado próximo a 1,0%. Da mesma forma, o carregamento estatístico sugere um crescimento próximo a 2,0%, o que é compatível com nossa projeção de 3,5% em 2013. É uma projeção acima de consenso de mercado, que continua em queda e próximo a 3,0%. 
Este cenário traz implicações para juros e câmbio. Como a esperada recuperação econômica para este ano deve encontrar uma economia com importantes restrições de oferta, não se pode descartar um quadro em que o PIB opere próximo à capacidade. Com isso, os incentivos de política monetária devem, efetivamente, ser reduzidos. 
Além disso, a recuperação econômica, associada à alta da taxa de juros e à ampla e crescente liquidez internacional, tende a fortalecer os fluxos de capitais, apreciando a moeda brasileira."

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