O Brasil ontem
Como estamos
indo com a Inflação? Parece que os preços começam a subir mais devagar:
1) O
Índice de Preços ao Consumidor da Fipe teve alta de 0,17% na terceira
quadrissemana de abril. Não foi uma alta tão grande em relação ao avanço de
0,08% da leitura anterior. Os alimentos se acalmaram um pouco, mas o setor de
serviços não. Os subgrupos de saúde e educação foram os principais responsáveis
pela alta.
2) Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal,
da FGV subiu menos que os 0,65% da leitura anterior. A alta agora foi de 0,54% e
referiu-se à terceira quadrissemana de abril. O principal responsável por esse
recuo foi exatamente o grupo de alimentos.
Já podemos mudar o foco. Alimentos
preocuparão menos e serviços preocuparão mais.
O que não vai bem é o setor externo. Os preços das commodities
nacionais exportadas caíram. Pior é que essa queda veio acompanhada pela
redução dos volumes consumidos no mundo. O déficit em
conta corrente atingiu os US$ 6,8 bilhões em janeiro. É um resultado ruim para o
país, nesse momento. No primeiro trimestre do ano, o défict em transações
correntes alcançou a cifra de US$ 24,8 bilhões, correspondentes a 4,31% do PIB.
O que tem salvo nossa lavoura no setor externo
são os investimentos estrangeiros diretos, que , segundo o Bacen, atingiu os US$ 5,7
bilhões em março. O resultado desagrava, de alguma forma, as preocupações
geradas com o déficit em transações correntes. Até o momento, o IED já acumulou
US$ 13,2 bilhões, o que equivale a 2,3% do PIB. Mesmo que esteja abaixo das projeções feitas
no início do ano, o volume desses aportes também não foi desprezível. Esses recursos
são indispensáveis para que o país possa alcançar um crescimento anualizado, em
2013, de 3,0%. Bom também foi saber que o fluxo cambial está positivo no mês de
abril (até o dia 22). A entrada de dólares no Brasil superou a entrada em US$
1,1 bilhão no mês.
Há um dado que soa como
advertência aos investidores e alerta aos responsáveis pela política de emprego
no país. A Confederação Nacional da Indústria divulgou que o índice de
atividade de construção apresentou recuo pelo quinto mês seguido, chegando a
48,9 pontos em março. Também a Sondagem do Consumidor da FGV, no mês de abril, apontou estabilidade no
seu indicador de confiança do consumidor.
No mês anterior, o indicador havia apresentado queda de 2,0%. Foram seis quedas
mensais consecutivas até alcançar a estabilidade em abril. As incertezas que sempre
povoaram a cabeça dos agentes econômicos, também parece ter alcançado a
população e essa é talvez a melhor explicação para entender a retração do
consumo.
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