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quinta-feira, 25 de abril de 2013

No cravo e na ferradura

O Brasil ontem 
Como estamos indo com a Inflação? Parece que os preços começam a subir mais devagar:
1)   O Índice de Preços ao Consumidor da Fipe teve alta de 0,17% na terceira quadrissemana de abril. Não foi uma alta tão grande em relação ao avanço de 0,08% da leitura anterior. Os alimentos se acalmaram um pouco, mas o setor de serviços não. Os subgrupos de saúde e educação foram os principais responsáveis pela alta.
2)  Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal, da FGV subiu menos que os 0,65% da leitura anterior. A alta agora foi de 0,54% e referiu-se à terceira quadrissemana de abril. O principal responsável por esse recuo foi exatamente o grupo de alimentos.
Já podemos mudar o foco. Alimentos preocuparão menos e serviços preocuparão mais.
O que não vai bem é o setor externo. Os preços das commodities nacionais exportadas caíram. Pior é que essa queda veio acompanhada pela redução dos volumes consumidos no mundo. O déficit em conta corrente atingiu os US$ 6,8 bilhões em janeiro. É um resultado ruim para o país, nesse momento. No primeiro trimestre do ano, o défict em transações correntes alcançou a cifra de US$ 24,8 bilhões, correspondentes a 4,31% do PIB.
O que tem salvo nossa lavoura no setor externo são os investimentos estrangeiros diretos, que , segundo o Bacen, atingiu os US$ 5,7 bilhões em março. O resultado desagrava, de alguma forma, as preocupações geradas com o déficit em transações correntes. Até o momento, o IED já acumulou US$ 13,2 bilhões, o que equivale a 2,3% do PIB.  Mesmo que esteja abaixo das projeções feitas no início do ano, o volume desses aportes também não foi desprezível. Esses recursos são indispensáveis para que o país possa alcançar um crescimento anualizado, em 2013, de 3,0%. Bom também foi saber que o fluxo cambial está positivo no mês de abril (até o dia 22). A entrada de dólares no Brasil superou a entrada em US$ 1,1 bilhão no mês.
Há um dado que soa como advertência aos investidores e alerta aos responsáveis pela política de emprego no país. A Confederação Nacional da Indústria divulgou que o índice de atividade de construção apresentou recuo pelo quinto mês seguido, chegando a 48,9 pontos em março. Também a Sondagem do Consumidor da FGV, no mês de abril, apontou estabilidade no seu indicador de confiança do consumidor. No mês anterior, o indicador havia apresentado queda de 2,0%. Foram seis quedas mensais consecutivas até alcançar a estabilidade em abril. As incertezas que sempre povoaram a cabeça dos agentes econômicos, também parece ter alcançado a população e essa é talvez a melhor explicação para entender a retração do consumo.

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