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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Japão quer crescer

O inimigo lá é a deflação
Inspirado no quantitave easing norte-americano, o Bank of Japan (Banco Central Japonês) lança programa de compra de títulos de longo prazo, incluindo obrigações do governo do país, com vencimento em até 40 anos, no valor total de US$ 1,4 trilhões.
Como se sabe, o Japão é a terceira economia do mundo e vive um processo recessivo e deflacionário de forma crônica, com sucessivos agravamentos de seu consumo interno. Aliás, essa é a mais clara consequência que as deflações impõem às economias, uma vez que o consumidor passa a postergar seu consumo, à busca de preços melhores, que o futuro promete a todos. A economia para.
O novo primeiro- ministro, Shinzo Abe, resolveu então copiar o modelo da política monetária do Fed e decidiu injetar na economia cerca de 7 trilhões de ienes, por mês, comprando títulos governamentais. Sua expectativa é que essa enxurrada de ienes possa desvalorizar ainda mais a moeda local, favorecendo suas exportações, produzir inflação que acelere o consumo, recuperando o nível de atividade econômica e provocar, de quebra, o aumento dos salários.
Se a receita não é original, pelo menos ajudou muito a recuperar a sofrida economia norte-americana. No médio prazo, o primeiro ministro japonês espera dobrar a base monetária do país e elevar a inflação a 2,0% ao ano. O “alívio monetário” ganhou o nome de “abenomics”, que e deve passar a integra o vocabulário jornalístico a partir de agora.
Os resultados, se positivos, darão ao Japão um novo impulso que, de resto, poderá trazer mais um foco de recuperação para a economia mundial.

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