O
inimigo lá é a deflação
Inspirado
no quantitave easing norte-americano,
o Bank of Japan (Banco Central Japonês) lança programa de compra de títulos de
longo prazo, incluindo obrigações do governo do país, com vencimento em até 40 anos,
no valor total de US$ 1,4 trilhões.
Como
se sabe, o Japão é a terceira economia do mundo e vive um processo recessivo e
deflacionário de forma crônica, com sucessivos agravamentos de seu consumo
interno. Aliás, essa é a mais clara consequência que as deflações impõem às economias,
uma vez que o consumidor passa a postergar seu consumo, à busca de preços melhores,
que o futuro promete a todos. A economia para.
O
novo primeiro- ministro, Shinzo Abe, resolveu então copiar o modelo da política
monetária do Fed e decidiu injetar na economia cerca de 7 trilhões de ienes,
por mês, comprando títulos governamentais. Sua expectativa é que essa enxurrada
de ienes possa desvalorizar ainda mais a moeda local, favorecendo suas
exportações, produzir inflação que acelere o consumo, recuperando o nível de atividade
econômica e provocar, de quebra, o aumento dos salários.
Se
a receita não é original, pelo menos ajudou muito a recuperar a sofrida
economia norte-americana. No médio prazo, o primeiro ministro japonês espera
dobrar a base monetária do país e elevar a inflação a 2,0% ao ano. O “alívio
monetário” ganhou o nome de “abenomics”, que e deve passar a integra o vocabulário
jornalístico a partir de agora.
Os
resultados, se positivos, darão ao Japão um novo impulso que, de resto, poderá
trazer mais um foco de recuperação para a economia mundial.
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