Queda
nas vendas do varejo
A inflação subiu muito nesses últimos tempos e,
claro, acabou corroendo o poder de compra dos assalariados. Os aumentos, acima
do índice de produtividade do sistema econômico, acabam nisso mesmo. Os ganhos
de salários são devolvidos ao mercado pelas mãos dos aumentos generalizados dos
preços. Com menor renda, o consumidor comprou menos e o varejo apresentou queda
de -0,4% em relação ao mês anterior. A queda nas vendas atingiu praticamente
todos os setores.
Mas,
não é só a alta dos preços que reduziu o consumo. A redução na oferta de
crédito e os juros reais em alta também inibiram o consumo das famílias. O
comprometimento da renda das famílias para dar conta dos empréstimos assumidos, apenas com recusros livres,
está chegando aos 25% e isso vale para quase 55% das unidades familiares do
país. A inadimplência continua alta, embora tenha sofrido algum recuo no último
mês. Os bancos privados mostram-se cada vez mais seletivo em relação às
concessões de crédito e os bancos públicos já exauriram seus recursos e sua
disposição para continuar emprestando. Muito possivelmente a expansão do
crédito não chegue, em 2013, sequer aos 14%.
Piora
ainda mias a situação, o desempenho também negativo da produção industrial. Nesse momento, chega a notícia que o IBC-Br apresentou com redução.
Definitivamente, o quadro é de estagflação e
pede medidas monetárias e fiscais menos permissivas. Não se pode admitir que a
busca compulsiva pelo crescimento justifique a renúncia aos aumentos do
superávit primário e às práticas monetárias apenas acomodatícias.
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