Os capitais
estrangeiros namoram
a bolsa brasileira
Meu amigo Décio
Pecequilo, observador atento do mercado financeiro mundial chamou-me atenção
para a forte presença de capitais estrangeiros no mês de janeiro na BM&FBovespa.
Observou que os estrangeiros compraram mais do que venderam, enquanto os
investidores institucionais, no contra pé, venderam mais do que compraram.
Rindo, perguntou-me quem acredita mais nesse país.
O volume total girado
na BM&FBovespa, no período de 2 a 31/1/2013, em R$ Mil (Compras +
Vendas): 308.046.699, segundo o próprio Boletim dessa instituição.
As pessoas físicas
representaram 8,49% nas compras e 8,37% nas vendas.
Os investidores
estrangeiros compareceram com vigor nas operações desse mês, representando
20,75 % nas compras e 19,26% nas vendas.
Depois dos
investidores estrangeiros, o maior volume foi girado pelos investidores institucionais
que representaram 16,57% das compras e 17,94das vendas.
Há uma clara
demonstração que os investidores estão voltando a por o olho nesse país.
Critico sempre o descaso do Banco Central com a inflação, também não gosto de
tanto intervencionismo e muito menos de artificialismos e vacilações na
política cambial. Reprovo as alquimias contábeis nas contas nacionais. Entretanto,
algumas medidas têm reduzido muito mas incertezas que dominaram o ambiente
econômico desse últimos tempos. Redução de energia e o avanço no programa de
concessões conseguidos nos últimos dias mostram a disposição do governo em
trabalhar o chamado custo Brasil, os fundamentos econômicos são bons e o custo
de capital está realmente baixo. Por outro lado, ainda que tenha descido abaixo
dos R$ 2,00, a taxa de câmbio está menos apreciada, a demanda continua
crescendo, assim como a renda real e os investimentos externos diretos.
Não há razões
econômicas para o capital estrangeiro não vir ao país. As razões institucionais
estão sendo reduzidas pela nova postura do governo e a bolsa mostrou isso no
mês que passou.
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