O
escandaloso subsídio europeu ao campo
A
proposta de ajuda oficial ao campo, contemplada pela União Europeia no Orçamento
para o período de 2014 a 2020, corresponde a praticamente 40% do orçamento total
do bloco. E isso ainda significa uma redução de 13% em relação ao orçamento do
período anterior.
Esse
é, sem dúvida, o grande entrave para que a rodada de Doha encontre um final
promissor em termos do livre comércio.
Agora
estamos diante de uma nova proposta elaborada pelo governo norte-americano para produzir
um acordo comercial mais agressivo entre os dois blocos. O roto e o rasgado vão
se encontrar em uma negociação que deverá envolver produtos agrícolas, ademais
de outros de maior valor agregado e maior intensidade tecnológica. Vai sair
faísca, pois estamos assistindo aos dois gigantes dominantes dos
fluxos de comércio, buscar por fatias maiores das transações globais,
inclusive privilegiando os interesses de suas grandes corporações
multinacionais.
Enquanto
isso, o Brasil se exclui de todo o bilateralismo liberal e fixa uma agenda comercial
auto excludente, com países ideologicamente eleitos para as pobres alianças que
faz.
Perdemos
uma oportunidade importante para a retomada do crescimento nacional, na medida
em que renunciamos aos melhores potenciais de mercado e em que valorizamos nossa moeda para combater as pressões inflacionárias internas.
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