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sábado, 5 de dezembro de 2009

2010. É hora de previsões


Em 3 postagens sucessivas, tento configurar o cenário econômico para 2010. Na administração,
vale a pena correr o risco das advinhações.
No mundo todo, a velocidade da recuperação econômica (medida sobretudo por vendas do varejo e taxa de desemprego) ditará os ritmos de crescimento dos países, condicionará as pressões sobre a inflação condicionará a intensidade em que o dólar se valorizará em relação às demais moedas fortes.
As notícias, mais recentes dão conta de um desempenho econômico mais forte do que os analistas esperavam. China, Japão e Tigres recuperando suas economias a um ritmo de 10%, 4,8% e 3,5% ao ano . Europa, puxada pela Alemanha e pela França elevam as previsões para 2010 de mais de 1,3%. Estados Unidos surpreende com alguns indicadores sobre meprego e consumo.

A economia brasileira, considerado apenas o cenário interno, deve crescer na casa dos 4% ao ano para 2010. Adicionada a recuperação internacional, ainda que modesta, o crescimento de nossa economia pode chegar aos 5,0 a 5,5% ao ano. Isso significa dizer que a inflação deve apresentar os primeiros sinais de recrudescimento entre os mêses de março e abril do próximo ano, obrigando o Banco Central do Brasil a subir a taxa de juros em 200 pontos base. A Selic deve reinaugurar um ciclo de restrições monetárias lá pelo mês de abril, com sucessivos aumentos de 50 pontos a cada reunião do Copom.
No mercado de divisas, pode-se esperar por uma recuperação da moeda americana. Dois fatores devem provocar essa alta: a recuperação econômica dos USA, que já se mostra maior do que a prevista, e a alta dos preços do petróleo.
Com a retomada do crescimento mundial, a demanda por petróleo e seus derivados aumentará forçando a alta dos preços internacionais dessa commodity. O barril deve chegar, em abril, a mais US$ 85, obrigando os países compradores de petróleo intensificar suas aquisições da moeda. O dólar deve encerrar 2010 nos R$ 1,90. Mesmo os influxos de capitais internacionais, decorrentes de atividades especuladoras ou mesmo daquelas relacionadas ao IED, não devem evitar o movimento desvalorização do Real. Em 2010 deve encerrar-se com uma taxa de câmbio USD/BRL 2,20.

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