Critérios europeus para formação dos
portfólios de
investimentos
Entre os especialistas financeiros dos maiores centros
financeiros da Europa (Genebra, Frankfurt, Paris e Londres) é possível
encontrar alguns consensos nas recomendações de investimentos, sempre que abstraído
o grau de risco que envolvem:
1) Petróleo
– A esperada recuperação norte-americana, o nível de atividade econômica
previsto para a China, as dificuldades com o aprovisionamento da Europa
justificam a aposta em uma alta forte da commodity.
2) Dólar
australiano – Os bons fundamentos da economia australiana, a permanência do
país nos ratings de avaliação de
risco soberano com “triple A” e o nível de investimentos externos diretos,
garantido emprego e renda ao país, trazem expectativas muito positivas para
desempenho dessa moeda no mercado de divisas.
3) Ações
– A crise destruiu os valores desse ativo. O preço das ações está em níveis
muito atraentes. As empresas passam por uma crise de liquidez, fazendo crer no
aumento das operações de fusões e aquisições. Os especialistas acreditam ainda
que a Europa apresente alguma recuperação, no curto ou médio prazos. Portanto,
tudo leva a crer que as ações terão seus preços ajustados, com excelentes
resultados para o portfólio do investidor que souber comprar nesse instante.
4) Entre
as ações, as utilities e as do S&P 500 são as maiores convicções. As
utilities pelos seus fluxos de caixa mais previsíveis e por que operam com
estruturas operacionais eficiências operacionais eficientes, quando comparadas
a empresas de outros setores.
5) Renda
fixa – A necessidade de apresentar liquidez nos balanços bancários torna esse
produto bastante atraente para os investidores e poupadores avesso a riscos.
Embora as limitações impostas às taxas de juros pelos governos locais, haverá
facilidade em encontrar remunerações mais altas que a inflação no sistema
bancário.
De um ponto de vista lógico, as recomendações parecem fazer
sentido. Entretanto, as recomendações, salvo o caso da renda fixa, embutem riscos
elevados e, por isso, devem ficar restrita apenas aos especialistas. De
qualquer forma, revelam a falta de oportunidades no mercado financeiro e
sinalizam para as dificuldades com que os investidores deverão conviver nos
próximos anos no mercado europeu. A busca por oportunidades de lucro nos
emergentes, em parte, pode ser explicada por essas dificuldades.
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