A inflação ficou em 6,5% no ano passado
O IPCA fechou 2011 em 6,5%, não ultrapassando
o limite superior da meta. Dada a complexa situação da economia mundial, há que
se reconhecer o sucesso da política monetária do Banco Central, sobretudo pela
iniciativa simultânea de reduzir a taxa básica de juros no país.
A alta de preços é uma batalha constante em
países onde os ganhos reais aumentam, revelando demandas reprimidas em vários
segmentos da sociedade. Portanto, ao se considerar o sucesso obtido em 2011, o
combate as pressões inflacionárias continuará a desafiar as autoridades
econômicas durante os próximos anos.
Atenção especial deve ser dada a alguns
setores econômicos, pelo aumento da procura que a inclusão social e o
crescimento dos ganhos das famílias costumam promover. Alimentos, itens da
construção civil, aluguéis, educação, saúde, transportes, produtos
farmacêuticos, vestuários, produtos farmacêuticos e outros como esses devem
trazer preocupações com o comportamento de seus preços. De modo muito geral, os
últimos governos têm contado com as importações, sempre estimuladas pelo câmbio
apreciado, para combater as altas em muitos desses setores.
Isso já não parece
mais possível em momentos onde a competitividade nacional começa a ser
discutida para favorecer as exportações de manufaturados e evitar o sucateamento
industrial a que expusemos o país nesses últimos anos.
A armadilha dos preços está montada e o bem
sucedido esforço de 2011 não pode ser motivo para considerar resolvido o dilema
monetário nacional.
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