As maiores ameaças aos capitais, no consenso dos
especialistas da Europa
Analistas reconhecem de forma unânime que a região estará
submetida a dificuldades de natureza político-econômica de grandes proporções e
que por isso 2012 deve ser um ano marcado por oscilações e incertezas no
mercado financeiro.
Eleições na Grécia e na França, capacidade de financiamento
de países como a Itália e a Espanha e o provável rebaixamento das notas de
crédito na região darão causas a novas e grandes volatilidades.
Os títulos representativos das dívidas dos países europeus
podem ser divididos em dois grupos: os rentáveis, aos quais se associam riscos
muito elevados, e os não rentáveis, como os alemães e holandeses, cujos yields
são sempre negativos quando comparados à inflação.
No mercado de ações, a volatilidade e o risco sugerem que o
investidor se distancie dele. As empresas devem apresentar lucros muito baixos
e os dividendos certamente estarão minguando. É bem verdade que nesse caso, os
investidores, com expectativas construídas para o muito longo prazo, podem estar
diante daquilo que os analistas chamam de “uma oportunidade histórica”.
Eurobônus também deve ser uma péssima opção. Crises do
mercado de dívidas soberanas, associada à política monetária expansionista do
Banco Central Europeu, provocarão uma contínua queda nesses papéis.
No mercado de commodities agrícolas, respeitados os grãos e
o açúcar, os preços devem apresentar reduções acentuadas. Cacau, algodão, café,
laranja e arroz estarão sujeitos a quedas maiores.
No mercado cambial, o euro estará em sucessivas
desvalorizações em relação a outras moedas fortes, em função da continuidade da
crise das dívidas soberanas, da política monetária expansionista e do baixo
nível de atividade econômica. Por outro lado, a desvalorização cambial aumenta
a competitividade dos produtos exportados, o que poderá se constituir em numa
nova vertente a ser explorada pelos estrategistas da recuperação da região.
Sob todos os pontos de vistas em que se olhe para a região,
o ambiente de negócios mostra-se sempre muito agressivo.
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