Pessoas
físicas tendem a ampliar suas quebras mais que as pessoas jurídicas
As previsões
para primeiro trimestre de 2012 alcançaram um bom nível de consenso: será o
pior trimestre do ano, com crescimento nulo. Para os economistas será um bom
momento para testar hipóteses.Particularmente, vou me permitir verificar se “a inadimplência, entre pessoas físicas, com comprometimento de mais de 30 % de sua renda para pagamentos de empréstimos, cresce em proporção superior à inadimplência das pessoas jurídicas das pequenas e médias empresas”.
Temo que a hipótese seja confirmada, sobretudo em populações com ganhos mensais inferiores a R$ 1500,00. De modo geral, esses segmentos da sociedade são mais vulneráveis ao estrangulamento financeiro, decorrente da menor oferta de crédito, impossibilitando-os de “girar” suas obrigações. Esses períodos, com características recessivas, levam ao agravamento das condições de vida, quer pelas medidas de austeridade do governo central, quer pela menor oferta de empregos ou mesmo pela deterioração do mercado de trabalho.
Mesmo o aumento do salário mínimo poderá ter sua eficácia reduzida na ativação do ritmo econômico, porque a inflação continuará exercendo pressões no mês de janeiro, anulando parte dos ganhos reais produzidos por esse aumento.
A inadimplência seria um bom indicador para verificarmos nossas conjecturas. Vamos aguardar.
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