Rebaixamento das notas é apenas
o reconhecimento parcial de uma
situação conhecida
No primeiro momento, pode
parecer catastrófico. De fato, não será. E não será, porque não terá força para
ser.
Essas agências de risco são
uma espécie de peão dorminhoco: corre para fechar a porteira, depois que a
boiada já fugiu do mangueiro.
Que a França e a Itália já não tinham a notação
que vinham ostentando, todo mundo sabia. Basta ver os preços que pagavam para
girar suas dívidas soberanas. A S&P chega atrasada e nos avisa sobre o
aumento de um risco que, para ser franco, até estava diminuindo nos últimos
dias. Essas avaliações deveriam ser mais prospectivas. Chegando com o atraso e a timidez que chegam, mais parecem escavações de antropológicas.
Os jornais falam de uma
eventual implosão da Zona do Euro e, ainda assim, a S& P poupa a Alemanha e
rebaixa minimamente outros países.
Francamente essas notas não
refletem os verdadeiros riscos desses países e não servem como termômetro para medir
o verdadeiro estado febril de toda a Europa.
Preocupa-me saber sobre a
Inglaterra. Não se falou dela. Só pelo fato de não estar na Zona do Euro. Parece, portanto,
excluída das preocupações com a União Europeia.
O mercado pode reagir com vigor
nos primeiros instantes. Mas devem acomodar-se logo à frente. Ainda mais que os
Estados Unidos renovam as esperanças capitalistas, com o início de sua
recuperação.
O euro, esse sim, deve sofrer
desvalorizações ainda maiores e sucessivas. A Alemanha, exportadora contumaz,
agradecerá comovidamente à S&P pela queda do euro.
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