Sem surpresas e sem
pânicos
E assim, a agência de
classificação de riscos passou o recibo para os mercados hoje.
O índice Bovespa em alta de
1,37%. É inútil afirmar que isso decorreu do exercício de opções. O
índice bateu, em meio à decadência das notas da França da Itália, nos 59.956
pontos, com um giro no dia de R$8,8 bilhões. O dólar caiu para R$1,7850. Queda
de 0,45%.
Na
Europa, os mercados inicialmente voláteis,
fecharam em alta.
O mico ficou na mão da agência, que
chegou atrasada e não conseguiu gerar o pânico costumeiro. Como dissemos ontem,
o mercado já sabia da situação dos países europeus e já havia precificado os
riscos alardeados no final da semana passada. O resultado do leilão de bônus
franceses, com yields menores, colocou uma língua de sogra no nariz da
agência. Falta-lhe agora, o nariz avermelhar.
No
Brasil, aumentam os sinais de retomada do crescimento: BC apontou expansão de
1,1% no IBC-Br (índice de atividade econômica), de novembro. A inflação
medida pelo IPC-S da FGV veio consistente com o IPC calculado pela FIPE. Foi
para 0,97%, sinalizando para uma nova pressão da demanda.
O Brasil parece voltar a crescer antes
do esperado. No mundo, a Europa e suas dificuldades inspiram muitos cuidados,
mas não pânico. Tem parecido necessário rever o papel das agências de avaliação
de riscos. Talvez merecessem uma auditoria semestral, feita por uma cesta de universidades
isentas e independentes.
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