Tecidos sociais estão prestes ao esgarçamento
O PIB norte-americano, em base anual,
registrou 2,2% de crescimento nos primeiros três messes desse ano. Os dados são
do Bureau of Economic Analysis do Departamento
de Estado dos Estados Unidos e ainda estão sujeitos a revisão.
A
alta do PIB reflete principalmente a elevação do consumo pessoal – PCE, de
2,1% para 2,9%; das exportações, de 2,7% para 5,4%; e das vendas domésticas de
produtos, de 1,1% para 1,6%.
Se
tudo isso desenha um quadro animador, por outro lado, o estoque de investimento
privado foi decepcionante, apresentando uma redução de 22,1% para 6%. As importações de 3,7% para 4,3%.
A
dependência do crescimento americano ao consumo, que correspondeu a mais de 70%
do PIB deixa clara a importância do mercado de trabalho para a recuperação da
economia norte-americana.
Da Itália e
da Espanha vêm as piores notícias da semana. Na Itália, a captação, nessa
sexta-feira, de € 6 bilhões, por meio de emissões de títulos a cinco e 10 anos,
foi realizada a custa de juros muito elevados, que estiveram muito pressionados
em função da redução da nota da dívida da Espanha pela agência Standard and
Poor's. Os títulos a cinco anos, por € 2,416 bilhões, ofereceram um rendimento
de 4,86%, contra 4,18% na operação de 29 de março. Os bônus a 10 anos, por €
2,5 bilhões, registraram juros de 5,84%, contra 5,24% em março.
A Espanha apresentou
dados desoladores sobre seu mercado de trabalho. No final do primeiro trimestre
desse ano apresentou um índice de desemprego de 24,44% da população ativa, mais
de 5,6 milhões de pessoas, a maior taxa desde o início da publicação da série
estatística em 1996.
Os jovens
com idades entre 16 e 24 anos são os mais afetados, com uma taxa de desemprego
de 52,01%, ainda pior que os 48,6% registrados no trimestre anterior. No último
trimestre de 2011, a taxa de desemprego estava em 22,85%. O quadro é também de
intensa contração.
A eleição
francesa aponta para um desagrado geral em toda a Europa que dificilmente se
resolverá sem algumas rupturas no tecido social, pelo menos, entre os países periféricos.
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