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sábado, 28 de abril de 2012

Europa piora depressa. Estados Unidos melhora devagar.

Tecidos sociais estão prestes ao esgarçamento
O PIB norte-americano, em base anual, registrou 2,2% de crescimento nos primeiros três messes desse ano. Os dados são do Bureau of Economic Analysis do Departamento de Estado dos Estados Unidos e ainda estão sujeitos a revisão.
A alta do PIB reflete principalmente a elevação do consumo pessoal – PCE, de 2,1% para 2,9%; das exportações, de 2,7% para 5,4%; e das vendas domésticas de produtos, de 1,1% para 1,6%.
Se tudo isso desenha um quadro animador, por outro lado, o estoque de investimento privado foi decepcionante, apresentando uma redução de 22,1% para 6%.  As importações de 3,7% para 4,3%.
A dependência do crescimento americano ao consumo, que correspondeu a mais de 70% do PIB deixa clara a importância do mercado de trabalho para a recuperação da economia norte-americana.
Da Itália e da Espanha vêm as piores notícias da semana. Na Itália, a captação, nessa sexta-feira, de € 6 bilhões, por meio de emissões de títulos a cinco e 10 anos, foi realizada a custa de juros muito elevados, que estiveram muito pressionados em função da redução da nota da dívida da Espanha pela agência Standard and Poor's. Os títulos a cinco anos, por € 2,416 bilhões, ofereceram um rendimento de 4,86%, contra 4,18% na operação de 29 de março. Os bônus a 10 anos, por € 2,5 bilhões, registraram juros de 5,84%, contra 5,24% em março.
A Espanha apresentou dados desoladores sobre seu mercado de trabalho. No final do primeiro trimestre desse ano apresentou um índice de desemprego de 24,44% da população ativa, mais de 5,6 milhões de pessoas, a maior taxa desde o início da publicação da série estatística em 1996.
Os jovens com idades entre 16 e 24 anos são os mais afetados, com uma taxa de desemprego de 52,01%, ainda pior que os 48,6% registrados no trimestre anterior. No último trimestre de 2011, a taxa de desemprego estava em 22,85%. O quadro é também de intensa contração.
A eleição francesa aponta para um desagrado geral em toda a Europa que dificilmente se resolverá sem algumas rupturas no tecido social, pelo menos, entre os países periféricos.

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