Banco
Central não sossega: juros
privilegiam crescimento
O
Banco Central ,depois de tanta expectativa criada, não quis decepcionar o
mercado e cumpriu o que se esperava: reduziu a taxa básica de juros em 0,75 %.
Vamos viver com a Selic em 9% ao ano. Descontada a inflação, a taxa de juros
real é de 3,5% ao ano que, embora alta para os padrões internacionais, é
inacreditavelmente baixa para o país.
A
decisão reflete a preocupação do governo central com o nível da atividade
econômica no país. Apenas para lembrar, a economia brasileira começou sua
retração com os excessos praticados pelas políticas macroprudenciais, que se fez
acompanhar pelo agravamento da crise na zona do euro. Como consequência, obtivemos
sucessivos e frustrantes desempenhos no setor industrial e o arrefecimento no ritmo
de expansão do crédito. As famílias
apresentaram-se com alto endividamento desde o último trimestre do ano anterior, quando a inadimplência
começou a subir a patamares perigosos. Bancos e outros agentes reduziram suas
ofertas e ampliaram seus spreads.
Tal
como anunciado pelo Banco Central, a redução da Selic, associada às taxas mais
baixas a serem praticadas pelo sistema bancário, parece ter resolvido o problema.
Vejo,
nesse instante, o ministro Mantega sentado à mesa de trabalho, tendo a sua frente um
tabuleiro de xadrez. Na jogada anterior, havia apertado os bancos nos juros
praticados. Os bancos se moveram defensivamente. Nessa última jogada, ele mexeu
a rainha e anunciou: mate!
Realmente, não gostei. Os cofres públicos já não suportarão desonerações adicionais, a inflação começa a se mexer e a inadimplência pode aumentar. Resta saber agora quem realmente ficou em xeque.
Realmente, não gostei. Os cofres públicos já não suportarão desonerações adicionais, a inflação começa a se mexer e a inadimplência pode aumentar. Resta saber agora quem realmente ficou em xeque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário