Ofertantes
temem bolha?
O
Sindicato da Habitação, conhecido pela sigla Secovi, anuncia que as vendas de
imóveis residenciais novos na Cidade de São Paulo alcançaram, em fevereiro desse
ano, 2.109 unidades. Um belíssimo desempenho, 12,8% superior ao mesmo mês do
ano passado. Esse sucesso setorial está semdo construído sobre o déficit
habitacional existente e a abundante oferta de crédito imobiliário, ambos os
fatores determinantes das altas sucessiva dos preços de imóveis nos últimos
anos.Especialistas reconhecem haver uma bolha nesse mercado que teria seu estouro em algum ponto do futuro, ainda indeterminado.
O setor imobiliário como um todo também parece receoso. Os
lançamentos, no mesmo mês de fevereiro, segundo a Embraesp - Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio- chegaram a apenas 1.383 unidades, revelando uma redução de 52,3% em relação a fevereiro de 2011.
O desempenho positivo das vendas somou-se ao recuo dos lançamentos, provocando a queda, pela segunda vez consecutiva, dos estoques de imóveis novos, tendência essa já desenhada para os próximos meses. Reduzir estoques é sempre uma estratégia defensiva nos momentos de retração da economia e, no caso dos imóveis, pode significar que construtores e incorporadores reconhecem a rápida aproximação do ponto de furo da bolha de preços criada em tempos de euforia.
Aguardemos.
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