Nessa semana, as taxas de juros
dominaram as
discussões
Para quem acompanhou as discussões sobre as taxas de
juros nacionais, nessa semana, a impressão que ficou é que estamos diante do
único e maior problema que impede a retomada do crescimento do país. Sem dúvida, trata-se
de uma questão que não pode ser ignorada, mas que certamente pede
tratamento bem diverso desse que vem
sendo conduzido pelas autoridades econômicas, de modo a opor os agentes financeiros entre si e a população ao sistema próprio financeiro.
Talvez fosse melhor, então, discutir uma
reestruturação do sistema financeiro, oferecendo à discussão outros temas que encarecem
o dinheiro, geram distorções e ineficiências em todo o sistema e que se estendem
para toda a sociedade.

Tenho certeza que nada disso interessa ao governo
discutir. Ao contrário, dividindo ele espera reinar. Usa essas atitudes
afrontosas à iniciativa privada, como uma cortina de fumaça para esconder as
verdadeiras mazelas de seus sonhos estatizantes, levados à prática em surdina,
travestidos em fantasias de estado-indutor. Tudo isso para esconder a gastança inconsequente levada a cabo por uma administração pública ineficiente e contaminada.

O
Ibovespa fechou em queda de 0,20% nessa sexta-feira, aos 62.494 pontos. Na
semana, o índice acumulou alta de 0,63%. O volume financeiro foi inferior à média
diária do mês, com apenas R$5,097 bilhões. O dólar, depois de cinco sessões de alta, caiu 0,69% na sexta-feira, mas na
semana valorizou-se 1,90%.
O Banco Central baixou a Selic para
9,0%, deixando a impressão que continuará nesse caminho. A renda fixa já está
sentindo as consequências e o próprio governo sentirá maior dificuldade em
financiar-se. Pode ter sido um tiro no pé que exigirá mudanças na regras da
caderneta de poupança.

A semana parece negar a
livre iniciativa e reforçar o gosto do governante brasileiro em transformar o
estado brasileiro em uma grande galinha choca, a abrigar debaixo de suas asas todos
os agentes econômicos e demais atores sociais, protegendo-os da perversidade de um
mundo desigual.
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