O mercado cambial anda mais acomodado,
nos últimos dias
As notícias chegadas dos Estados Unidos,
dando conta da intenção de postergar a alta do juro e de não acelerar o programa
de redução dos subsídios da economia do país, fizeram as cotações do dólar
ganhar certa estabilidade. Em relação às moedas dos emergentes o dólar voltou a
se desvalorizar, especialmente no Brasil onde o real se apreciou de forma mais acentuada. O momento atual parece ser de certa
estabilidade em relação à maioria das moedas no mundo, deixando entrever um
horizonte mais previsível nas negociações de divisas. As commodities agrícolas, entretanto,
parecem mais suscetíveis aos humores do clima e da relação entre estoques
existentes e as pressões atuais da demanda internacional de alimentos. As
previsões de mercado estão contando com safras fartas de milho e de trigo nos
Estados Unidos nesses próximos meses. Sabe Deus se isso se realizaria, ainda
mais sob as ameaças de um ano agrícola marcado pela ira do El Niño. As bolsas de mercadorias estão alardeando
suas expectativas otimistas em relação a essa safra e induzem os preços para
baixo. Embora no curto prazo a soja
possa se apresentar em queda pelos mesmos motivos e agravada pela migração da área
plantada do milho para a soja, no longo prazo, os preços devem manter-se em patamares
elevados. A produtividade norte-americana não parece ter aumentado e a oferta
pode estar sendo superestimada. Petróleo deve recuar também no
curto prazo. Os resultados políticos na Ucrânia minimizam os riscos de novas altas. As commodities metálicas apresentam
cotações em crescimento, provocando dissabores na indústria mundial. A China
foi posta no centro das atenções no que diz respeito aos preços e às quantidades
de suas importações dessas matérias primas industriais. Como se espera alguma
recuperação da economia chinesa em função de novos estímulos prometidos, em
parte já concedidos, o mercado entende que uma temporada de alta nesses preços
possa ter maior duração.
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