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terça-feira, 20 de maio de 2014

Haverá pedras no meio do caminho



A galinha do vizinho
O Mundo não viverá uma fase de mudanças econômicas mais fortes. Portanto, investir no exterior não é alternativa razoável, a não ser para os grandes investidores. De fato, a recuperação da economia norte-americana tem induzido uma grande discussão sobre o ritmo do processo de redução estímulos injetados mensalmente na economia por meio da compra de ativos. Não há no horizonte de curto prazo, nada que indique que o FED venha a subir as taxas de juros de imediato. Os Estados Unidos não estão crescendo em velocidade mais rápida do que em passado recente. Ao contrário, nesse instante, o medo é muito mais decorrente da perda de velocidade do crescimento da economia, do que de um crescimento excessivo e não controlável.
 Por seu lado, a economia europeia desenha, de maneira mais concreta, sua retomada, que, necessariamente, deve ser lenta, embora já se tenha alguns sinais de sua consistência. A Europa parece acomodada com sua baixa inflação e crê que isso será sadio para o sistema econômico, não prejudicando o crescimento, nem pressionando as taxas de juros.
Chineses se adaptam aos novos padrões de crescimento, muito mais modestos do que aqueles de dois dígitos. Portanto, não há grandes razões para ampliar a diversificação dos investimentos pelos mercados emergentes. Assistimos nos últimos dias à fuga de capitais do país em direção a outros mercados. Todos buscavam por riscos menores e maior rentabilidade. Salvo alguma variação cambial, essas expectativas logo estarão frustradas e isso porque as galinhas botam ovos de mesma cor.

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