A trégua é curta e afeta a criação
de novos postos de trabalho
O
arrefecimento da inflação trouxe algum otimismo ao governo e fez crer que os
alimentos, sobretudo os produtos “in natura” possam contribuir para a redução
da alta dos preços nesses próximos dias. Também são esperadas altas menores no
grupo de transportes, em função dos preços de combustíveis e passagens áreas. Empresários,
contudo, não acreditam que o problema da inflação está encaminhado de
forma positiva. A mera análise do índice de difusão da inflação, hoje na casa
dos 70%, aponta para a generalização da alta de preços. Os índices
que medem desemprego continuam despertando inveja em qualquer país
desenvolvido, sempre apresentando números decrescentes. O mercado de trabalho
continua apertado, embora a criação de novos postos, com carteira assinada,
apresente-se em queda. Aqui pode estar a grande armadilha para a política econômica desse governo. A
confiança de consumidores e a dos industriais, ambas as medidas pela FGV, seguem em queda. Inflação alta e confiança baixa formam um binômio
cruel que conduz às baixas taxas de investimentos nesse ano. Portanto, a
hipótese de aceleração do crescimento econômico do país fica definitivamente
afastada para 2014. Para os
empresários voltamos a insistir em uma estratégia financeira austera e em
políticas comerciais mais agressivas, mantendo extrema seletividade na
concessão de seus créditos e a intensificação de políticas promocionais que
possam garantir níveis de atividade empresarial compatível com as dimensões de
suas operações. Cuidado com o endividamento e com os custos do capital de giro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário