Os
limites para as altas recentes
da bolsa brasileira
A
bolsa voltou a ser, em certa medida, o investimento do momento. Parece ser
modismo entre investidores nacionais e estrangeiros. Sobretudo dos estrangeiros
que têm contemplado nossa bolsa com volumes substanciais e consistentes de
recursos, nos últimos tempos. A
percepção de que os preços dos papéis estavam muito baixos, em relação à média
histórica, tornou-se questão central nessa alta. Não se trata de melhoria do
ambiente institucional, nem tampouco quaisquer expectativas sobre crescimento
de lucros, numa economia anêmica, como a atual. Há
quem goste de ver no processo eleitoral, cada vez mais complicado, as razões
para esses movimentos dos preços, esquecendo-se que, ganhe quem ganhar, os
ajustes econômicos serão inevitáveis e devem trazer no seu bojo mais recessão ,e
portanto, maiores reduções dos lucros
atuais. Esse cenário apenas agrava a relação preço/lucro e embute algum risco
de quedas, talvez abruptas, à frente. Mas,
ao se falar em aplicações em renda variável e buscando errar menos, é sempre
conveniente lembrar os muitos ângulos desse investimento. Veja-se que, por
outro lado, os ajustes trazem também uma recuperação da melhoria das políticas
macroeconômicas e, com elas, as expectativas impulsionam uma nova precificação
dos ativos. Difícil
saber o que pode acontecer com bolsa no curto e no longo prazos, as incertezas
são muitas e os riscos se exponencializam. Melhor subir no muro.
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