Demanda
deve cair ainda mais
Os
aumentos de salários são cada vez menores, a inflação rapidamente anula esses
ganhos. A taxa de juro, novamente nas alturas, amplia os gastos com pagamentos
das dívidas das famílias e torna a parcela destinada ao consumo ainda menor. Esse
quadro sinaliza para o aumento da inadimplência e desencadeia um processo de
revisão para a concessão de crédito, tornando-o ainda mais seletivo. Setores dependentes de financiamento para
suas vendas, como, por exemplo, os setores de móveis, eletroeletrônicos, artigos
de informáticas, veículos, etc. deverão apresentar quedas sucessivas de
faturamento até pelo menos o final do ano. As previsões da inadimplência já falam em 7%. Com
o crescimento muito rápido do crédito imobiliário, a renda também sofreu comprometimento,
quer porque uma quantidade grande de famílias, no esforço para aquisição de
casa própria, endividou-se (de 2008 até o primeiro trimestre de 2014, o
percentual do crédito imobiliário no estoque de crédito para pessoas físicas
cresceu de 11% para 28%), quer porque os juros dos créditos direcionados
subiram de 7,8% do primeiro trimestre de 2013 para 9,4%, no mesmo período de
2014.
Veja
o gráfico abaixo, publicado pela Folha de São Paulo, em 25/05 desse ano, e tire
suas próprias conclusões:
Comprometimento
da Renda das Famílias
com
Encargos de suas Dívidas
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