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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Consumo em redução

Demanda deve cair ainda mais
Os aumentos de salários são cada vez menores, a inflação rapidamente anula esses ganhos. A taxa de juro, novamente nas alturas, amplia os gastos com pagamentos das dívidas das famílias e torna a parcela destinada ao consumo ainda menor. Esse quadro sinaliza para o aumento da inadimplência e desencadeia um processo de revisão para a concessão de crédito, tornando-o ainda mais seletivo. Setores dependentes de financiamento para suas vendas, como, por exemplo, os setores de móveis, eletroeletrônicos, artigos de informáticas, veículos, etc. deverão apresentar quedas sucessivas de faturamento até pelo menos o final do ano. As previsões da inadimplência já falam em 7%. Com o crescimento muito rápido do crédito imobiliário, a renda também sofreu comprometimento, quer porque uma quantidade grande de famílias, no esforço para aquisição de casa própria, endividou-se (de 2008 até o primeiro trimestre de 2014, o percentual do crédito imobiliário no estoque de crédito para pessoas físicas cresceu de 11% para 28%), quer porque os juros dos créditos direcionados subiram de 7,8% do primeiro trimestre de 2013 para 9,4%, no mesmo período de 2014.
Veja o gráfico abaixo, publicado pela Folha de São Paulo, em 25/05 desse ano, e tire suas próprias conclusões:
Comprometimento da Renda das Famílias
com Encargos de suas Dívidas

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