Dívidas, déficits e custos sociais
A agência de risco Fitch recomendou ao Reino Unido que reduza os empréstimos que toma em mais 1% do Produto Interno Bruto (PIB), por ano, se quiser preservar seu rating AAA.A agência frisou que não ignora o tamanho do esforço fiscal enfrentado pelo governo britânico, mas que só uma estratégia como essa poderia corrigir, no médio prazo, a economia do Reino.
Sugere ainda a necessidade de impor um ritmo mais forte à redução do déficit fiscal do que aquele previsto no novo orçamento desse ano.
Vale a pena manter o rating? Ou valeria mais a pena descer um pouco nessa classificação de risco?
De irônico, resta constatar que o receituário para a Europa começa a se assemelhar, na sua natureza, àqueles prescritos pelo Consenso de Washington que, de forma insensível, não facultavam espaços para as políticas sociais e assistenciais.
Disso quem reclamou muito foi o ex-presidente Fernando Henrique, na formulação do conceito de governança progressiva. O presidente Lula, ao criar um mercado interno tão forte, validou o conceito de seu antecessor. Que tudo isso possa ser lembrado na implantação desses receituários, reduzindo o custo social do grande ajuste as ser feito na economia mundial.
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