Desaceleração chinesa e crise européia abrem espaço para novas quedas
Ibovespa voltou a cair. Não foi à toa. Seguiu a tendência de todos os mercados internacionais Fechou a sessão aos 61.840 pontos, com uma queda de 1,91. O dólar continua a subir em relação às principais moedas internacionais, revelando o estado depressivo das demais economias mundiais. Comparado ao real a valorização foi de pouco mais de 1%, fechando a R$ 1,8390.Nos Estados Unidos, o índice ISM de serviços mostrou desempenho superior ao que os analista previram. O índice de gastos com construção também vieram acima das expectativas do mercado.
Na Europa as declarações do Banco Central Europeu sobre a saúde do setor financeiro evidenciou que a crise ainda tem um alto potencial de contágio, capaz de produzir efeitos ainda mais perversos para além de suas próprias fronteiras. As perdas contábeis do sistema financeiro da zona do euro estão estimadas em quase 200 bilhões de euros esse ano.
Para piorar, a taxa de desemprego na Zona do Euro atingiu seu maior nível dos últimos 12 anos: 10,1%. Apenas a Alemanha salvou-se dessa tragédia, apresentando redução de 45.000 pessoas desempregadas no país. Os mercados asiáticos tiveram um dia de baixas acentuadas. Indicadores do nível de atividade econômica na China apresentaram desaceleração outra vez. O governo chinês mostra-se disposto a evitar o superaquecimento por meio de aperto monetário. A receita monetária é um pouco diferente da nossa, pois apoia-se em taxas de juros e no contingenciamento do crédito. Depósitos compulsórios crescentes também fazem parte dessa receita. Embora os mercados asiáticos tenham acusado o golpe, o fato é que as medidas chinesas apontam para rotas seguras e sustentáveis
No Brasil, a produção industrial apresenta queda de 0,7 no mês de maio em relação a abril, enquanto o IPC-S (4ª semana de maio) teve alta de 0,21%. Veja que o superaquecimento da economia brasileira também já acusa o golpe e começa a ceder. É evento para ser comemorado, pois alinha-se à idéia de que, assim, nosso crescimento ganha a fisionomia da sustentabilidade.
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