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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Descaso e arrogância na diplomacia da América Latina

Os conflitos com vizinhos precisam ser resolvidos na Bolívia de Evo Morales
Muitas das questões diplomáticas na América Latina, nos últimos tempos, decorrem da desatenção dos estados ou das pretensões doentias de seus governantes.
A Bolívia, por exemplo, tem sido um foco efervescente de problemas com seus vizinhos. Manteve inicialmente uma estabanada negociação sobre o preço do gás exportado para o Brasil. Em seguida, nacionalizou instalações da Petrobrás, produzindo em relação a investidores estrangeiros um grande reboliço. O FMI acaba de atribuir o mau desempenho econômico boliviano, entre outras razões, à insegurança jurídica do país que afugenta os investidores nacionais e internacionais.
Há dois meses, foi a vez do Chile. De tal forma os caminhões bolivianos desrespeitaram as regras de segurança para o embarque portuário em território chileno, que a administração dos portos começou a retaliar os embarques bolivianos. Criou-se um incidente diplomático cuja superação não se fez sem deixar rancores e rivalidades.
Agora é a vez do Peru. A população da região de Puno ergue bloqueios na estrada internacional de Desaguadero, com barras metálicas soldadas, para impedir que os caminhões bolivianos carregados com soja, banana e palmito alcancem os portos de Matarani. São mais de trezentos caminhões bolivianos carregados, esperando o fim do bloqueio. As perdas já são consideradas elevadas pelo governo da Bolívia.
A razão disso tudo está no fato de que a população peruana que habita essa região fartou-se de reclamar sobre as explorações das minas bolivianas. Essas minas há tempo contaminam as fontes de abastecimento de água utilizadas para o consumo humano, de seu rebano bovino e também para a irrigação da produção local.
Tudo poderia ter sido evitado se o governo de Evo Morales não se omitisse em relação às questões internacionais. O descaso e o voluntarismo tomaram conta da Bolívia, outra vez.

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