Sem
controle da inflação, a Índia desenha crescimento não sustentável
As
discussões sobre crescimento da Índia começam em 8,5% ao ano. Onde acaba não se
pode precisar exatamente. Mas já há quem fale até em 12%, ao ano. Devaneios, certamente.
As
expectativas estão se formando em nível que deve, em pouco tempo, tornar-se incontrolável.
A inflação de março ultrapassou os 9%,
se anualizada, embora os sucessivos aumentos das taxas de juros no ano passado.
Ao todo foram dez. Entre os emergentes, essa foi a pior experiência vivida com
o crescimento do PIB e as altas dos preços de produtos e serviços.
O
crescimento chinês tem se constituído em desejo de todos os políticos indianos
e dos governantes dos países ricos, sobretudo porque europeus e norte-americanos adorariam, a essa
altura do campeonato, se encontrar com um mercado de mais de 1,2 bilhão de
habitantes e amenizar as estagnações de suas economias. Mas com uma inflação tão alta, esse crescimento pode carunchar.
Convém
ficarmos prontos. Nessa toada, a Índia é o próximo país a inaugurar um arrocho
nos preços , por meio de um ciclo de aperto monetário que desfaria os devaneios
ocidentais.
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