Taxas
de juros das dívidas soberanas europeias cairão. Risco de contágio ainda permanecerá.
Relatório
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE prevê
normalização gradativa dos mercados europeus de dívidas públicas. Otimista, a
instituição afirma que os prêmios desses riscos devem ainda manter-se por mais
seis meses, quando, então, começarão a cair. Em 2012, estarão 50% menores do
que os cobrados hoje pelos investidores em dívida pública.
Essas
dívidas foram responsáveis pelas tensões econômicas em toda a Zona do Euro que
desembocaram em pedidos de ajuda externa por três países da região.
O
relatório afirma ainda que "o progresso na consolidação e no ajustamento econômico
leva a um aumento espontâneo da confiança" envolvendo países como Irlanda,
Grécia e Portugal. A previsão também aponta para taxas de juro de longo prazo
elevadas para financiar esses três países. No caso de Portugal, a OCDE estima
que a taxa seja de aproximadamente 8,0% em 2012.
Como
se vê, o otimismo acaba circunscrito a um quadro de vulnerabilidades
financeiras expressivas que, se não forem objeto de uma ação corretiva
orquestrada, pode acabar em contágio generalizado. A Alemanha, com seu maior
rigor fiscal, acaba sendo um importante garantidor dessa orquestração e um agente
rigoroso na aprovação de socorros a esses países e a outros que possam
solicitar novos apoios, como é o caso da Itália.
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