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sábado, 7 de maio de 2011

Inadimplência tem causas

Inadimplência atinge consumidores quando já estão no limite de endividamento
As pesquisas do Instituto de Pesquisa Fractal têm encontrado três grandes causas para a inadimplência. De longe, o desemprego é apontado pelas pessoas físicas entrevistadas como a maior de todas as razões. É mesmo de se imaginar que, sem sua renda mensal, ninguém poderia dar conta de seus compromissos financeiros habituais e que venha, portanto, inadimplir. Curioso que no Brasil, onde vivemos período de quase pleno emprego, a inadimplência não mostrou recuo. Ao contrário subiu.
Pode-se mesmo aceitar com certa tranquilidade que o desemprego seja causa de atrasos nos pagamentos. Entretanto,  o fato desses atrasos não ter recuado sob o regime de pleno emprego e de rendimentos reais crescentes, faz suspeitar que muito do que os inadimplentes declaram mascara outros elementos determinantes dos atrasos nos pagamentos.
O rompimento abrupto do fluxo de caixa por eventos não previstos, como aqueles ocorridos com a saúde pessoal ou de familiares ou por qualquer outra causa como perdas com enchentes, roubos, acidentes, avais a compromissos de terceiros, atrasos em recebimentos, etc. é fator de grande relevância também. Apenas em terceiro lugar aparece a falta de controle das despesas pessoais ou do o domicílio.
A investigação mais aprofundada, e vai para além do declarado, mostra, por outro lado, que os inadimplentes não mantinham nenhum “colchão financeiro” ou reservas que pudessem lhes dar conforto em relação a esses imprevistos.
Já tinham sua renda futura comprometida completamente e sem espaços para oscilações em seus fluxos de caixas. Trata-se de comportamento imprevidente, privilegiando o consumo à poupança.
Há um outro lado da inadimplência, além do desemprego e dos atrasos nos recebimentos pessoais. As despesas foram levadas ao limite da renda, deixando à margem considerações sobre eventualidades. No Brasil, negligenciar poupança é um problema cultural. O próprio governo reforça esse comportamento com sua incapacidade de produzir superávits nominais. A população aprende que o melhor é rolar a dívida e esquecer que os juros começam a se capitalizar. No caso das pessoas físicas, recomenda-se iniciar o saneamento das finanças individuais, cortando gasos e utilizando as devoluções de IR, bem como as antecipações de 13o. Salário.

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