Inadimplência atinge
consumidores quando já estão no limite de endividamento
As pesquisas do Instituto de
Pesquisa Fractal têm encontrado três grandes causas para a inadimplência. De longe, o
desemprego é apontado pelas pessoas físicas entrevistadas como a maior
de todas as razões. É mesmo de se imaginar que, sem sua renda mensal, ninguém
poderia dar conta de seus compromissos financeiros habituais e que venha,
portanto, inadimplir. 
Pode-se mesmo aceitar com certa tranquilidade que o desemprego seja causa de atrasos nos pagamentos. Entretanto, o fato desses atrasos não ter recuado sob o regime de pleno emprego e de rendimentos reais crescentes, faz suspeitar que muito do que os inadimplentes declaram mascara outros elementos determinantes dos atrasos nos pagamentos.
O rompimento abrupto do fluxo de caixa por eventos não previstos, como aqueles ocorridos com a saúde pessoal ou de familiares ou por qualquer outra causa como perdas com enchentes, roubos, acidentes, avais a compromissos de terceiros, atrasos em recebimentos, etc. é fator de grande relevância também. Apenas em terceiro lugar aparece a falta de controle das despesas pessoais ou do o domicílio.
A investigação mais aprofundada, e vai para além do declarado, mostra, por outro lado, que os inadimplentes não mantinham nenhum “colchão financeiro” ou reservas que pudessem lhes dar conforto em relação a esses imprevistos.

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